Ref.: 215
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PREFACIO:
Para mim é um grande prazer e honra poder prefaciar o segundo livro do Juvenal. Prazer devido à nossa relação de amizade que já dura décadas, e honra porque ele foi, sem dúvida, um dos influenciadores da minha carreira.
Nossa amizade iniciou no final dos anos 90, na época que ambos éramos consultores da cerâmica Creation e representávamos o mestre Willi Geller no Brasil. Naquela época eu tive a oportunidade de auxiliar na organização e tradução de alguns cursos que Willi Geller ministrou no Brasil, os quais Juvenal estava presente. Foi então assim que eu e Juvenal nos conhecemos e estreitamos nossa amizade. Esse link com Willi Geller foi fundamental tanto para mim quanto para o Juvenal, que acabou se tornando um membro do exclusivo grupo Oral Design do Willi Geller, sendo um dos poucos brasileiros presentes no grupo, o que é motivo de orgulho para todos nós.
O Juvenal foi um um dos mentores no início da minha carreira e abriu a minha mente para fatores fundamentais do que hoje eu chamo de design de sorriso moderno.
Ele foi um grande pioneiro da prótese dentária e já na década de 1990 desenvolvia trabalhos como poucos no mundo. Uma das suas grandes virtudes era o fato de levar o processo de projeto do sorriso a um nível mais completo. Foi um dos primeiros técnicos em prótese que eu vi trabalhar guiado pela face e desenvolvendo um processo de pesquisa morfológica para criar os seus projetos. Desenvolveu a capacidade de pesquisar informações psicológicas e físicas do paciente para tentar entender onde o novo sorriso deveria estar, e como a posição dos dentes deveria ser para criar uma harmonia orofacial.
Seu trabalho se tornou ainda mais fundamental na década de 90, quando o número das reabilitações sobre implante começou a crescer. O grande desafio, algo que poucos falavam na época, era como reabilitar um paciente com perda óssea e grande deficiência dos rebordos, e, consequentemente, ausência de referências intraorais. A grande maioria das próteses eram realizadas de forma que não recuperavam completamente os tecidos perdidos, o que infelizmente ainda é por vezes uma realidade presente nos dias de hoje. Por isso, esse conhecimento sobre as técnicas que o Juvenal desenvolveu eram tão importantes naquela época e continuam sendo até hoje, pois possibilitam a qualquer profissional se tornar um verdadeiro designer do sorriso.
A sua primeira grande contribuição para Odontologia foi a metodologia de pesquisa da face e de referências intraorais, que ajudam os profissionais a entenderem a quantidade de tecido perdido e como desenhar uma prótese que recupere todos estes tecidos, reposicionado os dentes em harmonia com a face e recriando o tecido gengival ausente.
Sua segunda grande contribuição foram as técnicas para recriar gengiva artificial se parecendo com gengiva natural, mais especificamente a gengiva cerâmica, algo que naquela época praticamente ninguém falava. Antigamente, a maioria das próteses com gengiva tinha sua porção gengival muito artificial, e por isso os profissionais procuravam esconder essa gengiva atrás dos lábios, porque não se sentiam confiantes em criar próteses que mostrassem a gengiva no momento do sorriso. Portanto, essa contribuição serviu para mostrar que não deveríamos ser somente mestres em criar dentes com aspecto natural, mas também precisávamos aprender a criar gengiva com aspecto natural.
A terceira grande contribuição que eu acredito que o Juvenal trouxe apara o mundo da prótese foi o modelo de negócio, no qual ele criava uma dinâmica de relação com o dentista e com o paciente. Uma das coisas que mais me atraía naquele estilo era perceber como ele transformava a caçamba de sua caminhonete em laboratório, levando todos os seus equipamentos e indo até o dentista, ao invés de pedir para o dentista enviar o trabalho ao seu laboratório.
Este modelo de negócio de técnico itinerante transformou minha vida também, pois me mostrou o significado do técnico em prótese de tomar uma posição mais importante na relação com o paciente e com o dentista, valorizando seu trabalho e se tornando um membro muito importante da equipe multidisciplinar. Ele foi pioneiro nisso. Essa metodologia de ir até o dentista, reservando geralmente uma semana inteira pra trabalhar numa clínica, em um caso específico, portanto focando uma semana em cada caso, permitiu ao Juvenal desenvolver uma metodologia de interação com o paciente, uma habilidade de comunicação e manejo psicológico, ganhando a confiança do paciente e gerando uma relação direta entre paciente e o designer do sorriso, algo que também não existia. O técnico em prótese sempre ficava no pano de fundo, num segundo nível de importância e nunca entrava em contato com o paciente. Geralmente o dentista que enviava ao laboratório essas informações.
Juvenal quebrou essa linha de comunicação tradicional e criou esse canal direto, onde o designer de sorriso se torna esse pesquisador morfológico e psicológico, ou seja, um pesquisador da morfopsicologia do sorriso, permitindo que o designer do sorriso realmente crie uma relação com o paciente e logicamente aumentando muito a qualidade das informações obtidas e por consequência da customização do projeto do sorriso.
Outro aspecto que aprendi com o Juvenal foi a necessidade do apoio psicológico ao paciente quanto a mudança do sorriso. Como suportá-lo e apoiá-lo nessa transformação de um sorriso antigo e inadequado para um sorriso mais ideal. Esta transformação tem um impacto social na vida do paciente, e compreender esse impacto permite que o paciente aceite essa transformação com mais facilidade e valorizando a mudança, para que esteja pronto para curtir o novo sorriso.
Portanto, foram quatro grandes pontos que o Juvenal elucidou para Prótese, não somente brasileira, mas também mundial. E digo isso pois, a partir do momento que comecei a viajar e conhecer a forma que a reabilitação dos sorrisos era executada pelo mundo, estes conceitos não existiam ou ainda não eram bem desenvolvidos, e por isso eu dou com muita admiração e felicidade o crédito ao Juvenal.
Primeiramente a análise de transformação do processo do sorriso vinculado ao estudo profundo dos tecidos perdidos. Segundo, mostrar a importância de se tornar um especialista em materiais de gengiva artificial. Terceiro, criar essa dinâmica, esse modelo de negócio onde o técnico vai até o dentista e não o dentista envia o trabalho ao laboratório, permitindo ao técnico se tornar um designer do sorriso e criar um vínculo direto com o paciente, realmente transformando o processo de criação e prova do projeto. E quarto, o entendimento da importância de trabalhar o lado psicológico do paciente no processo de transformação do sorriso.
Estes são conceitos fundamentais que eu penso que revolucionaram a Prótese e a Odontologia Orofacial, criando o caminho dessa nova especialidade que eu chamo de designer do sorriso de verdade. Conceitos estes criados a décadas pelo Juvenal e que hoje são ainda mais importantes, pois eu acredito que a Odontologia Estética está começando a entender o quanto é deficiente o processo de design do sorriso sem estas metodologias.
Por fim, quero reenfatizar a todos o quanto os processos descritos neste livro são fundamentais. Eu acredito que todo dentista e técnico em prótese que realmente queira se transformar num designer de sorriso moderno deve ler esse livro, aprender seus conceitos, o que trará grande benefício para seus pacientes.
Christian Coachman
SUMARIO:
Parte 1 – Procedimentos Prévios ao Tratamento Reabilitador
1.1 Anamnese
1.2 Exame Clínico
1.3 Levantamento Fotográfico
Parte 2 – Sistema Dental e Reabsorção Óssea
2.1 Sistema Dental
2.2 Remodelação Óssea
2.3 Reabsorção Óssea
Parte 3 – Medidas Anatômicas de Referência
3.1 Osso Alveolar e Osso Basal
3.2 Pontos Anatômicos de Referência para Planejamento e Medidas
Parte 4 – Recriar Detalhes Anatômicos
4.1 Ossos
4.1.1 Maxila
4.1.2 Mandíbula
4.2 Sistema Dental
4.2.1 Osso Alveolar
4.2.2 Dentina
4.2.3 Polpa
4.2.4 Cemento
4.2.5 Esmalte
4.2.6 Fibras Periodontais
4.3 Gengiva
4.3.1 Mucosa de Revestimento ou Mucosa Alveolar
4.3.2 Gengiva Inserida
4.3.3 Papila Interdental
4.3.4 Gengiva Marginal Livre
4.3.5 Ranhura Gengival Livre
4.3.6 Freio Labial
Parte 5 – Pesquisa Morfogenética
5.1 Como Guiar o Paciente na Busca da Herança Genética?
5.2 Selecionando um Sorriso Doador
Parte 6 – Estruturas de Suporte Labial
6.1 Recuperando a Anatomia de Lábio e Suporte Labial
6.2 Temporização e Tempo de Assimilação Muscular
Parte 7 – Protótipo Estético
7.1 Princípio do Protótipo Estético
7.2 Como Construir um Processo Fiel ao que Devemos Reabilitar?
7.3 Técnica de Enceramento com Dentes de Cera
7.4 Técnicas de Enceramento sobre a Infraestrutura
7.5 Técnica de Enceramento Utilizando Index do Sorriso Doador
7.6 Prova do Projeto
Parte 8 – Gerenciamento Emocional
* Artigo da Dra. Daniela Franzen
Parte 9 – Infraestruturas Reduzidas e Volume Cerâmico
* Artigo do Grupo de Pesquisas FOB-USP coordenado pelo Prof. Dr. Estevam Bonfante
Parte 10 – Modelos Reais
10.1 Como Fazer um Modelo Real
Parte 11 – Técnica JSN de Estratificação de Cerâmica
11.1 Preparo da Infraestrutura Metálica
11.2 Opaco
11.3 Primeira Queima de Dentina
11.4 Segunda Queima
11.5 Terceira Queima
11.5.1 Sequência de Montagem da 3a Queima - Primeira Camada
11.5.2 Sequência de Montagem da 3a Queima - Segunda Camada
11.6 Quarta Queima
11.7 Quinta Queima
11.8 Passos para Estratificação de Arco Total
11.9 Estratificação de Reabilitação Dupla
Parte 12 – Condicionamento Gengival
Referências Bibliográficas
Agradecimentos Finais